VULTOS DA MB

O PATRONO DA MARINHA DO BRASIL
O Almirante Joaquim Marques Lisboa e Marques de Tamandaré. O Nelson BBrasileiro, é por tradição cultuado patrono da Marinha do Brasil, o seu aniversário como o do Marinheiro e Dia de Tamandaré, Por seus quase 67 anos de heróicos, legendários e excepcionais serviços prestados à Marinha, é por ela hoje considerado o seu marinheiro símbolo e padrão. ALTE. JOAQUIM MARQUES LISBOA Marquês de Tamandaré (1807–1898), natural do Rio Grande do Sul. Ingressou na Marinha como voluntário da Academia Imperial. Tomou parte em todas as nossas lutas internas, na Campanha Cisplatina (1825– 1828), na Campanha Oriental (1864–1865) e na Guerra do Paraguai, no comando-em-chefe das Forças Navais do Brasil. Foi Barão, em 1860; Visconde, em 1865; Conde, em 1887 e Mar quês de Tamandaré, em 1888. Símbolo de virtudes cívicas, o grande marinheiro Marquês de Tamandaré foi, por isso mesmo, elevado às honras e à culminância de Patrono da Marinha Brasileira, um valente, um herói, que tudo fez para que a Pátria não se fragmentasse e para que o prestígio do Brasil no continente não decaísse antes se afirmasse, como Nação líder e digna de sua grandeza moral e material. A data de 13 de dezembro, aniversário de nascimento de Tamandaré, foi instituída como Dia do Marinheiro. Tamandaré faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1897.
OUTROS PATRONOS DA MARINHA CORPOS E QUADROS
O Patrono do Serviço de Saúde. O Alte grad. Dr. Joaquim Cândido Soares Meirelles foi consagrado, O patrono do Serviço de Saúde da Marinha, por sua ação assinalada e superior, não só como médico de nomeada, como por suas corajosas e pioneiras posições em defesa de melhores condições para seus doentes.
O Patrono dos Quadros de Oficiais Auxiliares. O V. Alte João do Prado Maia, historiador e professor foi consagrado, em vida, por o patrono dos Quadros dos Oficiais Auxiliares, por haver sido o 1º marinheiro a atingir o posto de Almirante.
O Patrono da Artilharia Naval. O CMG Henrique Antônio Baptista, o patrono da Artilharia de nossa Marinha. Revelou-se extremamente competente na atualização acelerada e desenvolvimento de nossa Artilharia Naval.
O Patrono das bandas de Música e Marcial da Marinha, Antônio Francisco Braga, músico, maestro, compositor sinfônico e professor da Escola Nacional de Música, foi consagrado, o patrono das Bandas de Música e Marcial da Marinha por haver delas sido professor, ensaiador e regente, por mais de 22 anos.
A galeria dos vultos notáveis da nossa Marinha de Guerra é extensa e brilhante. Desde os primórdios do Brasil independente, quando se constituiu nos nossos mares verdes a Marinha genuinamente brasileira, representada pela Esquadra da Independência esses vultos notáveis se vêm alteando, pouco a pouco, aqui e ali, através das etapas históricas que temos atravessado.
VULTOS NOTÁVEIS DA HISTÓRIA NAVAL BRASILEIRA
VISCONDE DE CABO FRIO – ALTE. LUÍS DA CUNHA MOREIRA. Foi o primeiro ministro da Marinha brasileira, assumindo esse posto em 28 de outubro de 1822, na primeira reorganização ministerial, após a Independência.
LORDE COCHRANE – ALTE. ALEXANDER THOMAS COCHRANE Contratado para o serviço do Brasil com a patente de Primeiro-Almirante (1823), comandou a Esquadra da Independência, organizando, com outros oficiais ingleses igualmente contratados, a nossa Marinha, recebeu o título de Marquês do Maranhão.
ALMIRANTE JOÃO PASCOE GREENFELL Destacou-se na Campanha da Independência, gravemente ferido nos combates de Lara e Quilmes, perdeu o braço direito. Comandou as forças navais contra os rebeldes da Guerra dos Farrapos e na campanha contra Oribe e Rosas. Foi Comandante da Esquadra, quando do notável feito da Passagem do Tonelero, em 17 de dezembro de 1851.
ALMIRANTE JOHN TAYLOR. Oficial da Marinha inglesa, organizando-se a Marinha Nacional, foi contratado no posto de Capitão de Fragata. Chefiou a Divisão Naval incumbida de dar combate à revolução dos Cabanos, do famoso cruzeiro realizado por aquele navio em perseguição à Esquadra lusitana que abandonou a Bahia. Comandou as Forças Navais em várias lutas internas. Dos estrangeiros que ingressaram na Marinha por ocasião da Independência, Taylor foi um dos que mais se destacou.
ALMIRANTE JOÃO FRANCISCO DE OLIVEIRA BOTAS. Foi um dos pioneiros da consolidação da Independência, dando sua contribuição para a expulsão das tropas portuguesas da Bahia. Participou da Campanha Cisplatina, do Combate Naval de Santiago, de Lara, Quilmes e Arrequi
CAPITÃO-DE-FRAGATA LUÍS BARROSO PEREIRA. Como imediato da fragata Niterói, tomou parte na campanha da Independência, a perseguição à Esquadra lusitana, a campanha Cisplatina. O Comandante Barroso Pereira atingi do no peito por uma bala, e tombou ferido de morte, mas ainda a tempo de exclamar para os que o cercavam: “Não se assustem, camaradas, não foi nada... Ao fogo!”. Como imediato de Taylor, então comandante da fragata Niterói, teve sob suas ordens o então voluntário da Academia Imperial da Marinha Joaquim Marques Lisboa, futuro Almirante Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha Brasileira.
BARÃO DO AMAZONAS – ALTE. FRANCISCO MANUEL BARROSO DA SILVA. Realizou longas viagens de instrução. Herói da Guerra do Paraguai foi vencedor da Batalha Naval do Riachuelo. Duas frases de Barroso deixaram claros sua fibra e seu patriotismo: “Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder” e “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”.
VISCONDE DE INHAÚMA – ALTE. JOAQUIM JOSÉ INÁCIO. Tomou parte nas lutas da Independência, na campanha Cisplatina e em quase todas as lutas internas a Cabanada, Sabinada, Guerra dos Farrapos, Revolução Praieira. A ele se devem os feitos gloriosos da Passagem de Curupaiti e Humaitá e forçamento das baterias do Tebicuari, Timbó e Angostura. Deixou o comando gravemente enfermo, mas, declarou em ordem do dia: “Por não ter a Esquadra mais inimigos a combater, nem fortificações nas margens do Rio Paraguai a destruir”.
PRIMEIRO-TENENTE ANTÔNIO CARLOS DE MARIZ E BARROS Participou dos combates da Guerra do Paraguai. Em Paissandu se portaram com heroísmo muitos oficiais e soldados; mas, entre tantos, foi Mariz e Barros quem mereceu dos companheiros o magnífico apelido de Leão. Marcílio Dias, o Hércules, que combatera ao lado do Leão, dizia dele, com sua rudez: “O diabo no rapaz é um demônio”. Foi condecorado com o Hábito da Imperial Ordem da Rosa e com a Cruz de Cavaleiro da Legião de Honra.
GUARDA-MARINHA JOÃO GUILHERME GREENHALGH . Foi herói da Guerra do Paraguai. Durante a Batalha Naval do Riachuelo, foi o seu navio, a corveta Parnaíba, abordado. Defendendo com todas as o pavilhão nacional, que um oficial paraguaio tentava arriar. Naquele episódio brada-lhe o inimigo: “Larga esse trapo!”. Porém Greenhalgh não consente e em punha sua arma e a descarrega sobre o adversário. Os paraguaios, em onda, avançam para o herói e decepam-lhe a cabeça. Cai Guilherme Greenhalgh. Mas não caiu a bandeira do Brasil. No mastro ela ficou firme e serena. Por isso a Marinha lhe tem dedicado, em várias épocas, um navio de guerra com seu nome para que, com o navio, sintam os marinheiros de hoje a grande responsabilidade de bem servir à Pátria com fervor e patriotismo consciente, que deve ser a mística, como foi do guarda-marinha herói.
IMPERIAL MARINHEIRO MARCÍLIO DIAS. Ingressou na Marinha como grumete, com 17 anos de idade. Destacou-se no assalto à praça forte de Paissandu, e sagrou-se herói na Batalha Naval do Riachuelo (11/6/1865). A corveta Parnaíba, ao ser abordada por três navios paraguaios, travou armado de sabre, luta corpo a corpo contra quatro inimigos, abatendo dois deles, mas tombando, afinal, ferido de morte, para falecer no dia seguinte. Com as honras do cerimonial marítimo, foi sepultado nas próprias águas do Rio Paraná. Foi condecorado com a medalha de Paissandu, pela bravura com que participou na batalha. Sua passagem pela Marinha foi a de um marinheiro excelente, disciplinado, cumpridor dos seus deveres.
BARÃO DE JACEGUAI – ALTE. ARTUR SILVEIRA DA MOTA Nasceu em 26 de maio de 1843, em São Paulo. Oficial preparado tecnicamente e intelectualmente, foi cedo investido das funções de Professor de Hidrografia e História Naval na Academia da Marinha. Herói da Guerra do Paraguai comandou o encouraçado Barroso, primeiro navio brasileiro a vencer as defesas da poderosa fortaleza de Humaitá (19/2/1868). Destacou-se em vários outros combates. Em notáveis viagens de instrução de longo curso, comandou a fragata Amazonas e as corvetas Niterói e Vital de Oliveira. Promovido sucessivamente por serviços de guerra, atingiu o posto de Capitão de Mar e Guerra aos 26 anos de idade, caso único na Marinha Brasileira. Foi ministro plenipotenciário em missão especial na China; diretor da Escola Naval e da Repartição da Carta Marítima; Comandante-em-Chefe da Esquadra de Evoluções (1884). Oficial de grande cultura, notável escritor, foi o único representante da Marinha, até hoje, a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
ALMIRANTE CUSTÓDIO JOSÉ DE MELO. Tomou parte na Guerra do Paraguai, sendo um dos sobreviventes do afundamento do encouraçado Rio de Janeiro, torpedeado pelos paraguaios. Tomou parte ativa no bombardeio de Curupaiti, nas passagens de Humaitá, Timbó e Tebicuari. Foi ministro da Marinha no governo do marechal Floriano Peixoto e contra este veio a comandar a Revolta da Armada no período de 1893 a 1894. Foi um oficial de grande cultura e inteligência.
ALMIRANTE LUIZ PHILIPPE DE SALDANHA DA GAMA. Na Guerra do Paraguai, além de várias outras ações de guerra, esteve presente à rendição paraguaia em Uruguaiana e participou do forçamento da fortaleza de Curuaiti e das baterias de Angostura e Timbó. No comando da corveta Parnaíba partiu para Punta Arenas, numa viagem de estudos: deveria observar a passagem de Vênus pelo disco solar. No dia da partida da Parnaíba, Dom Pedro II esteve a bordo para prestigiar o que julgava ser um empreendimento de universal.
ALMIRANTE JÚLIO CÉSAR DE NORONHA Foi um dos mais brilhantes chefes da Marinha no passado. Seu heroísmo na guerra, logo na primeira batalha em que se envolveu, mereceu citação especial de Tamandaré, por se haver empenhado com valor nas ações de Riachuelo, Cuevas e Mercedes. Foi também citado por Inhaúma pelo prodígio da sua bravura nos combates da Lagoa Vera, ao lado de Saldanha da Gama. Como ministro da Marinha, voltou as atenções governamentais para a Armada. Em 14 de novembro de 1904 era sancionada lei autorizando a construção de novas unidades do Programa Naval.
ALMIRANTE PEDRO MAX FERNANDO DE FRONTIN. Foi o Comandante em Chefe da Divisão Naval em Operações de Guerra, cruzadores Rio Grande do Sul e Bahia, contratorpedeiros Piauí, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Paraíba, tender Belmonte e do aviso Laurindo Pita que, representando o Brasil no cenário da Primeira Grande Guerra, operou nos mares da África e da Europa, ao lado das Esquadras da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos. “Quando não se pode fazer tudo o que se deve, deve-se fazer tudo o que se pode”.
ALMIRANTE ALFREDO CARLOS SOARES DUATRA. Participou das duas Grandes Guerras Mundiais: na primeira, a bordo do cruzador Rio Grande do Sul e na segunda, como Comandante-em-Chefe da Força Naval do Nordeste que, integrada à Quarta Esquadra dos Estados Unidos, teve atuação marcante na Batalha do Atlântico. Por sua brilhante atuação durante a II Guerra Mundial, em operação no Atlântico Sul, o Congresso Americano concedeu-lhe a Legião do Mérito.

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